Estou lendo, quer dizer, devorando Roberto Freire. E assim, encontrando algumas respostas. A última foi sobre incoerências. Sei que as minhas constantes e súbitas mudanças de opinião deixam os meus amigos confusos. Confesso que, às vezes, eu mesma fico atordoada. Mas agora, além de Raul Seixas, tenho Roberto Freire do meu lado:
“Deus me livre das pessoas únicas, que não mudam, não evoluem, têm obsessão pela coerência. E a vida não é assim. Na vida você tem de aparentar muita incoerência para poder viver todos os seus lados. Eu me sinto uma incoerência só, hoje em dia. E assim vivo muitas experiências, amo de mil maneiras mil pessoas, e sigo o que a Natureza me impõe. Sem entrar em um modelo, viver a moda, obedecer a padrões. Estou vivendo meus impulsos, minhas funções vitais que às vezes coincidem com as gerais e institucionalizadas, com as que foram classificadas; outras vezes, a maior das vezes, não, pareço maluco, dou vexames...”
(Trecho do livro Ame e Dê Vexame)
“Deus me livre das pessoas únicas, que não mudam, não evoluem, têm obsessão pela coerência. E a vida não é assim. Na vida você tem de aparentar muita incoerência para poder viver todos os seus lados. Eu me sinto uma incoerência só, hoje em dia. E assim vivo muitas experiências, amo de mil maneiras mil pessoas, e sigo o que a Natureza me impõe. Sem entrar em um modelo, viver a moda, obedecer a padrões. Estou vivendo meus impulsos, minhas funções vitais que às vezes coincidem com as gerais e institucionalizadas, com as que foram classificadas; outras vezes, a maior das vezes, não, pareço maluco, dou vexames...”
(Trecho do livro Ame e Dê Vexame)

O problema do "viver todos os seus lados" é que as pessoas ao redor dificilmente entendem isso. Mas mesmo assim, acho que prefiro ser essa metamorfose ambulante mesmo. Caso contrário, perderia minha essência, me perderia de mim.